Muro de Berlim: A Divisão que Começou em 12 de Agosto de 1961
O dia 12 de agosto de 1961 foi o ponto de não retorno para a cidade de Berlim. Embora a construção maciça do muro de concreto tenha se iniciado na madrugada do dia 13, os preparativos e a decisão final foram tomados no dia anterior.
Sob a égide da Guerra Fria, a República Democrática Alemã (Alemanha Oriental), com o apoio da União Soviética, buscava desesperadamente conter o êxodo de sua população.
Em 12 anos, mais de 3 milhões de cidadãos fugiram do regime comunista, buscando a liberdade e prosperidade da Alemanha Ocidental. A operação secreta, conhecida como “Operação Rosa”, só era de conhecimento do alto escalão dos governos.
A barreira inicial, montada às pressas com arame farpado e guardas armados, foi o prenúncio da “Faixa da Morte”, que logo se tornaria uma estrutura de mais de 150 km, com torres de vigilância, fossos antitanque e um complexo sistema de patrulha.
O muro não somente separou famílias e comunidades, mas se tornou o símbolo mais tangível e brutal da Guerra Fria. Ele representou a opressão de um regime que preferiu aprisionar sua própria população a enfrentar a perda de controle.
Estima-se que, ao longo dos 28 anos de sua existência, cerca de 140 pessoas morreram tentando atravessá-lo.
Imprensa de Gutenberg: A Data que Confirmou a Revolução da Informação
Muito antes da divisão de Berlim, o mundo passava por uma revolução silenciosa, mas igualmente poderosa. Em 12 de agosto de 1456, o humanista e futuro Papa Pio II (Enea Silvio Piccolomini) enviou uma carta mencionando a venda de uma Bíblia completa impressa em Mainz, na Alemanha.
Esse documento é um dos primeiros registros históricos que confirmam a existência e a circulação da Bíblia de Gutenberg, a obra que mudaria o curso da história.
A invenção da prensa de tipos móveis por Johannes Gutenberg foi um marco na história da humanidade, superando as técnicas de impressão já existentes na China e na Coreia. Antes da prensa, a produção de livros era um trabalho manual e demorado.
Gutenberg transformou isso, permitindo a reprodução em massa de textos a um custo muito menor.
Isso não somente democratizou o acesso ao conhecimento, mas também teve um papel crucial no desenvolvimento da Reforma Protestante, do Renascimento e da Revolução Científica.
A imprensa lançou as bases para a moderna economia baseada no conhecimento e para a era da informação que vivemos hoje. A data de 12 de agosto, através desse registro, reforça a importância desse avanço tecnológico.
Cubismo: A Crítica de 12 de Agosto de 1908 que Nomeou uma Nova Arte
Movendo-nos para o campo da arte, o dia 12 de agosto de 1908 é fundamental para o nascimento de um dos movimentos mais influentes da vanguarda europeia.
Ao resenhar a exposição de Georges Braque no Salão de Outono em Paris, o influente crítico de arte Louis Vauxcelles, em uma observação inicialmente depreciativa, comparou as pinturas de paisagem de Braque, com suas formas geométricas, a “bizarreries cubiques” (bizarrices cúbicas).
O nome, que deveria ser uma crítica, acabou por batizar o movimento que revolucionaria a arte moderna.
O Cubismo, liderado por Pablo Picasso e o próprio Braque, rompeu radicalmente com a tradição da perspectiva única.
Influenciados pelo trabalho de Paul Cézanne e pela arte africana, os artistas cubistas passaram a desconstruir a realidade, representando objetos e figuras a partir de múltiplos pontos de vista simultaneamente em uma única tela.
Essa abordagem levou à criação de uma nova linguagem visual, dividida em duas fases principais: o
Cubismo Analítico, focado na fragmentação e em tons monocromáticos (como marrom e cinza), e o
Cubismo Sintético, que reintroduziu a cor, formas mais reconhecíveis e a inovadora técnica da colagem.
A crítica de Vauxcelles, feita em 12 de agosto, marcou o momento em que uma nova perspectiva artística deixou de ser somente uma experiência para se tornar um movimento com nome e identidade próprios.
Conclusão: A Herança de um Dia Transformador
De uma noite que dividiu uma cidade a uma invenção que democratizou o conhecimento e a um movimento que revolucionou a arte, o 12 de agosto prova que a história é feita de momentos de ruptura e reinvenção.
O Muro de Berlim nos lembra da fragilidade da paz e da liberdade, a imprensa de Gutenberg celebra o poder da comunicação e da informação, e o Cubismo nos desafia a olhar para o mundo de novas perspectivas.
Esses eventos, embora em séculos e áreas diferentes, compartilham um denominador comum: a capacidade humana de transformar as coisas como são.
Qual desses legados você considera o mais impactante para o mundo em que vivemos hoje? Deixe sua opinião nos comentários e junte-se à discussão.
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