O que é o Dia Internacional da Alfabetização?
8 de setembro, o Dia Internacional da Alfabetização, foi instituído pela UNESCO em 1967. A data busca conscientizar governos e sociedades sobre a importância da leitura e da escrita como direitos humanos fundamentais e como instrumentos de inclusão social.
Mais de meio século depois, a data continua atual, pois milhões de pessoas ainda vivem em condição de analfabetismo absoluto ou funcional.
Contexto histórico: por que a ONU criou a data em 1967
A criação do Dia Internacional da Alfabetização ocorreu em um cenário global de transformações:
- Década de 1960: marcada pela descolonização de países africanos e asiáticos, que precisavam construir sistemas educacionais próprios.
- Conferência de Teerã (1965): organizada pela UNESCO, reconheceu a alfabetização como requisito essencial para o desenvolvimento.
- Corrida tecnológica da Guerra Fria: evidenciou a necessidade de formar cidadãos preparados para os desafios científicos e sociais.
Assim, em 1967, a ONU estabeleceu a data como um compromisso global de combate ao analfabetismo.
A importância da alfabetização para inclusão e desenvolvimento
A alfabetização é muito mais do que decifrar palavras. Ela garante:
- Autonomia individual: interpretar documentos, informações médicas e exercer a cidadania.
- Inclusão social: acesso a melhores empregos, participação política e vida comunitária.
- Desenvolvimento econômico: países com altos índices de alfabetização apresentam maior crescimento sustentável.
- Saúde e bem-estar: cidadãos alfabetizados compreendem melhor campanhas de prevenção e cuidados médicos.
Por isso, a alfabetização está diretamente ligada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), em especial o ODS 4 – Educação de qualidade.
Desafios atuais: analfabetismo no século XXI
Apesar dos avanços, os desafios ainda são enormes:
- 763 milhões de adultos no mundo ainda não sabem ler nem escrever (UNESCO).
- Mulheres representam 2/3 dos analfabetos globais, reflexo da desigualdade de gênero.
- Analfabetismo funcional: mesmo escolarizados, milhões têm dificuldade de interpretar textos e resolver problemas práticos.
- Era digital: a alfabetização hoje precisa incluir o letramento digital, essencial para combater fake news e participar do mundo conectado.
Como ampliar o acesso à leitura e reduzir o analfabetismo
O combate ao analfabetismo exige estratégias conjuntas entre governos, escolas e comunidades:
1. Investimento em educação básica
Escolas de qualidade, professores bem formados e políticas públicas que priorizem a alfabetização desde os primeiros anos.
2. Programas de educação de jovens e adultos
A EJA e iniciativas equivalentes oferecem uma segunda chance para quem não teve acesso à escola.
3. Projetos comunitários e bibliotecas populares
Clubes de leitura, rodas de histórias e espaços culturais democratizam o acesso ao livro.
4. Tecnologia a serviço da inclusão
Aplicativos e plataformas digitais podem ser aliados na alfabetização, quando forem acessíveis.
5. Valorização da leitura no cotidiano
Famílias, empresas e espaços públicos devem incentivar a leitura como prática diária.
Conclusão
O Dia Internacional da Alfabetização (8 de setembro) é mais do que uma data comemorativa: é um chamado à ação. Criado em 1967 pela UNESCO, continua lembrando que a leitura é a chave para a cidadania, a igualdade e o desenvolvimento sustentável.
Garantir que todas as pessoas tenham acesso a esse direito básico é um desafio coletivo que exige políticas públicas, engajamento comunitário e inovação tecnológica.
Afinal, se a alfabetização abre portas, a missão global é garantir que ninguém fique do lado de fora.
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